Programa

Resumo: O curso pretende apresentar ao público o processo histórico de emergência e transformação dos sistemas artísticos no Brasil em Portugal ao longo do século XIX, enfocando inicial e brevemente a constituição do modelo acadêmico de formação de artistas, para em seguida analisar a consolidação e crise desse modelo. Por fim, a entrada de novas práticas e atores no universo artístico nas décadas finais do século será objeto na segunda parte do curso. Concomitante a esses temas, serão sempre discutidas as potencialidades e limites de um enfoque sociológico transnacional e comparativo sobre os fenômenos artísticos, considerando a circulação de modelos estéticos, artistas, colecionadores, entre outros.

AULA 1 – Como estudar a arte do longo século XIX? Transições e temporalidades da arte no Brasil e em Portugal


AULA 2 – Ideias sobre o moderno em um fim de século frenético. Por uma sociologia histórica da mundialização do campo artístico

Bibliografia:


BONNET, Alain. L’Enseignement des arts au XIXe Siècle. La réforme de l’École des Beaux-Arts de 1863 et la fin du modele académique. Rennes, França: Presses Universitaires de Rennes, 2006.
BOURDIEU, Pierre. “Les conditions sociales de la circulation internationale des idées”. In: Actes de la recherche en sciences sociales. Vol. 145, dez. 2002, pp. 3-8.
CARVALHO, Anna M. M. “Da Oficina à Academia. A transição do ensino artístico no Brasil”, in: FERREIRA-ALVES, N. M. (Org.). Artistas e Artífices e sua Mobilidade no Mundo de Expressão Portuguesa. Porto : Cepese, 2007, pp. 31-40.
COLI, Jorge. Como estudar a arte brasileira do século XIX? São Paulo: Senac, 2005.
DIAS, Elaine. “Arte e Academia entre política e natureza (1816 a 1857)”, in: BARCINSKI, F. (org.). Sobre a Arte Brasileira. Da pré-história aos anos 1960. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes: Edições SESC São Paulo, 2014. pp.136-173.
ESPAGNE, Michel. “La notion de transfert culturel”, Revue Sciences/Lettres [En ligne], n°1, 2013.
FRANÇA, José-Augusto. “Perspectiva artística do século XIX português”, in: Análise Social, vol. XVI, 1980-1, pp.9-27.
GINZBURG, Carlo e CASTELNUOVO, Enrico. “Domination symbolique et géographie artistique dans l’histoire de l’art italien”, in: Actes de la recherche em sciences sociales. Vol. 40, novembre 1981, pp. 51-72.
GOMBRICH, Ernst. “Revolução permanente. O século XIX”, em: A História da Arte. Rio de Janeiro : LTC, 2008.
LEANDRO, Sandra. “Teoria e crítica de arte em Portugal no final do século XIX”, in: Leandro, S. (Coord.) Seminários de Estudos de Arte: Estados da Forma I. Centro de História da Arte e Investigação Artística. Universidade de Évora, 2007. pp. 13-46
LISBOA, Maria H. As Academias e Escolas de Belas Artes e o Ensino Artístico (1836-1910). Lisboa : Edições Colibri, 2007.
LUCA, Tânia Regina de. A Ilustração (1884-1892): circulação de textos e imagens entre Paris, Lisboa e Rio de Janeiro. São Paulo : Editora Unesp, 2018.
MIGLIACCIO, Luciano. “A arte no Brasil entre o Segundo Reinado e a Belle Époque”. Sobre a Arte Brasileira: da Pré-História aos anos 1960. São Paulo : Editora WMF Martins Fontes / Edições SESC São Paulo, 2014.
PEVSNER, N. Academias de Arte: passado e presente. São Paulo: Cia. das Letras, 2005.
PITTA, Fernanda M. “Um povo pacato e bucólico”: costume, história e imaginário na pintu-ra de Almeida Junior. Tese de Doutorado, São Paulo, ECA-USP, 2013.
SALDANHA, Nuno. José Vital Branco Malhoa - O pintor, o mestre e a obra. Tese de Doutoramento em História da Arte, Universidade Católica Portuguesa, Lisboa: FCH/UCP, 2007.
SAPIRO, Gisèle. “Le champ est-il national ? La théorie de la différenciation sociale au prisme de l’histoire globale” in: Actes de la recherche en sciences sociales, (N°200), p. 70-85, 2013.
SILVA, Maria do C. C. “A arte francesa na crítica de José Duarte Ramalho Ortigão e de Mariano Pina”. Anais do III Colóquio de Teoria, Crítica e História da Arte. Instituto de Artes, Universidade de Brasília, 2019, pp. 19-27.
SIMIONI, Ana Paula C.; STUMPF, Lúcia K. “O Moderno antes do Modernismo: paradoxos da pintura brasileira no nascimento da República”, in: Teresa. Revista de Literatura Brasileira [14]. São Paulo, 2014, pp.111-129.
SQUEFF, Letícia. Uma Galeria para o Império. A coleção Escola Brasileira e as Origens do Museu Nacional de Belas Artes. São Paulo: Edusp, 2012.
__________. “Revendo a Missão Francesa: a Missão Artística de 1816, de Afonso D’Escragnolle Taunay”, In: Atas I Encontro de História da Arte – IFCH / Unicamp, Vol. II, 2005, pp. 563-570.
SILVA, Maria do C. C. “A arte francesa na crítica de José Duarte Ramalho Ortigão e de Mariano Pina”. Anais do III Colóquio de Teoria, Crítica e História da Arte. Instituto de Artes, Universidade de Brasília, 2019, pp. 19-27.
SILVA, Rosangela de Jesus. “Angelo Agostini, Felix Ferreira e Gonzaga Duque Estrada: contribuições da crítica de arte brasileira no século XIX”, in: Revista de História da Arte e Arqueologia , v. 10, 2008, pp. 43-71.
THIESSE, Anne-Marie. “Les fictions créatrices: les identités nationales”. Romantisme. Vol. 30, No. 10, 2000, pp. 51-62.
__________. “Rôles de la presse dans la formation des identités nationales”. In: THÉRENTY, M.-E.; VAILLANT, A. (Org.). Presse, nation et mondialisation. Paris, Nouveau Monde éditions, 2010, p.127-138.
THUILLIER, Jacques. Peut-on parler d’une peinture “pompier”? Presses Universitaires de France – PUF, 1984.
WARNKE, Martin. “Conclusão”, in: O Artista da Corte. Os antecedentes dos artistas modernos. São Paulo : EDUSP, 2001.