Programa

Tópico 1: Ascensão e agonia da cultura popular: o caso brasileiro
1.1. Afinal, o que é “cultura” e “popular”? – crítica etimológico-histórica (R. Williams);
1.2. Forma cultural e pólis: a metamorfose das festas das colheitas no século VI a.C. nos concursos teatrais em homenagem ao deus Dioniso no século V a.C. (A. Hauser; A. Boal);
1.3. Aspectos da cultura popular europeia na Idade Média e na Renascença: cultura popular cômica e suas diversas manifestações: riso, carnaval, grotesco, praça pública, princípio da vida material e corporal (M. Bakhtin);
1.4. Aspectos da cultura popular europeia na Idade Moderna (P. Burke);
1.5. Diferenças entre cultura e civilização; nações e nacionalismo; comunidades imaginadas; o processo civilizatório e o povo brasileiro (N. Elias; E. Hobsbawm; B. Anderson; D. Ribeiro);
1.6. O nacional-popular de Antonio Gramsci e a política de hegemonia cultural nas sociedades pós-sufrágio universal;
1.7. A questão da cultura nacional-popular e a crítica autonomista: M. Chauí e o debate com o CPC;
1.8. Cultura e anarquia: civilização de massas e cultura de minoria, o problema do inconsciente ótico e a era da hiperprodução cultural (R. Williams; W. Benjamin; F. Jameson);

Tópico 2: Barravento (1962) e Deus e o diabo na terra do sol (1964), de Glauber Rocha
2.1. A forma e o sentido da montagem: estrutura de Barravento e Deus e o diabo na terra do sol (câmera/narrador, enredo, personagens, espaço e locação, tempo, música, análise de fotogramas, a síntese entre cordel, repente e sinfônico); alegoria, dependência, subdesenvolvimento e revolução; alienação energética; os primeiros momentos do cinema de Glauber Rocha;
2.2. A persistência do arcaico, ou, a eterna transição entre o Brasil colônia de ontem e o Brasil nação de amanhã: problemas de base e superestrutura em Barravento: pesca e arrendamento, capoeira e candomblé;
2.3. Passagens da rebeldia brasileira em Deus e o diabo na terra do sol; messianismo milenarista e antirrepublicano; o momento máximo de Ser da conversão (música sinfônica, imagem e poesia);
2.4. Transições: o cativeiro das forças produtivas da indústria cinematográfica oligopolizada – o centrismo abstrato da tendência formalista: a revolução do cinema novo e a eztetyka da fome, ou, a mensagem na garrafa de Glauber Rocha; a verdade das aparências da ideologia do autor na periferia.

Tópico 3: Gota d’água (1975), de Chico Buarque e Paulo Pontes
3.1. Seleção e organização dos materiais de Gota d’Água: Um mito grego e uma tragédia brasileira (dramaturgia e canção);
3.2. Apresentação dos autores: O santo por trás do “milagre brasileiro” (projeto e formação);
3.3. Imagens do povo brasileiro: conjunto habitacional, umbanda, samba, ciranda, exploração e aluguel;
3.4. O tempo circular e o destino do povo brasileiro: “Não fique pensando que o povo é nada, carneiro, boiada, débil mental, pra lhe entregar tudo de mão beijada ... Tem que produzir uma esperança de vez em quando pra coisa acalmar e poder começar tudo de novo”;
3.5. A política da cooptação e o arrivismo social – industrialização do popular e o popular-comercial: “Gota d’água, nunca mais, seu Jasão / Samba, aqui, ó... / Você não engana ninguém...”;
3.6. Sacrifício e destruição da heroína como metáfora do dilaceramento trágico da alma e do corpo do povo brasileiro: “Eu compreendi que o sofrimento de conviver com a tragédia todo dia é pior que a morte por envenenamento”.
3.7. O trágico brasileiro como dialética: dialética do desenvolvimento capitalista no Brasil e crítica da razão dualista (P. Szondi; R. M. Marini; F. de Oliveira).

Tópico 4: Roque Santeiro (1985-1986), de Dias Gomes e Aguinaldo Silva
4.1. A mística do povo: panorama e crítica da obra de Dias Gomes; televisão, telenovela e videologização do espaço do sagrado; capitalismo videofinanceiro e o Brasil antenado;
4.2. Temas e enquadramentos de Roque Santeiro: persistência do messianismo brasileiro; o circuito do fetichismo: herói, milagres, caudilho, folclore e santo; fetichismo da mercadoria e exploração do trabalho; indústrias da fé, do turismo e de velas; latifúndio e artesanato de santos de barro; sátira à exploração política e comercial da fé popular; drama burguês e a dificuldade de representar o trabalho;
4.3. A chegada da modernidade da civilização capitalista em Asa Branca: entre putas e trambiqueiros moralistas ao som do forró; profundidade de campo, plano sequência, montagem e close-up; rimas visuais, cordel e repente, folclore, gestos, sonoplastia e núcleos da trilha sonora (forma canção e rejeição à música sinfônica);
4.4. O encontro de um consenso: telenovela como forma de ritualização do povo brasileiro; primazia do diálogo interindividual; passagens da dissolução do dualismo entre moderno e arcaico; telenovela como espera, preenchimento do “tempo livre” e neutralização do tédio da vida pequeno burguesa;
4.5. Deus e o diabo na terra: O sofrimento da cultura nacional-popular, a constituição do programa democrático-popular (pressuposto geral: a redemocratização supostamente abriria espaço para mudanças estruturais dentro da ordem, a sociedade brasileira seria permeável a mudanças) e a perenidade da política de conciliação de classes, ou, do teatro à telenovela e das ruas aos palácios;
4.6. A crise do movimento revolucionário e a construção da hegemonia liberal – industrialização e liberalizacão do entretenimento leve e desinteressado; o híbrido entre anarquia e organização do capitalismo tardio; o espetáculo como usurpação da representação do proletariado, a ideologia materializada e a transformação do capitalismo em imagem.

Tópico 5: Cidade de Deus, de Paulo Lins (1997)
5.1. Elementos constitutivos da narrativa: narrador, enredo e personagens (o corpo entre a tortura e o desaparecimento), tempo e espaço (um tempo morto, terrorismo de estado, barbárie social e ruínas do desmanche);
5.2. De volta às origens; realismo e a busca da plausibilidade e verossimilhança; o romance na linha tênue entre ficção e realidade; colagem e montagem literárias, materiais e configuração; o romance como forma cultural da modernidade capitalista;
5.3. A letra e o espírito de Cidade de Deus: fim de linha da formação nacional; gírias, drogas, armas, favelas, administração social armada e o declínio dos afetos; do baseado no conjunto habitacional ao narcotráfico internacional;
5.4. Crítica do plano real e reversão neocolonial: desvalorização das forças produtivas, crítica do valor, rotação do capital, a lei da queda tendencial das taxas de lucro e a desagregação democrático-popular (K. Marx; N. Ouriques; P. Arruda Sampaio Jr.);
5.5. Fim de século, população excedente e “processo descivilizador”: colapso da modernização, os sujeitos monetários sem dinheiro, sinais da perda de um padrão e a presença continuada de uma ruptura irreversível de época (R. Kurz; R. Schwarz; P. Arantes);

Bibliografia

Tópico 1

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Tópico 2

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Tópico 3

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Tópico 4

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Tópico 5

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