Programa

12/04/2021
Aula 1: Quem fala e quem vê? Na primeira aula, discutiremos os níveis de interação na narrativa e, neles, as figuras do autor, autor implícito, narrador, leitor implícito e leitor. Faremos exercícios breves de escrita para mobilizar esses conceitos e compreender suas repercussões na narrativa.

16/04/2021
Aula 2:  De quem é a obra literária? Na segunda aula, discutiremos a noção popular de que o leitor é tão autor da obra literária quanto o escritor. A partir de ferramentas da linguística da língua em uso, exploraremos como se constrói a narrativa na interação autor-leitor.

19/04/2021
Aula 3: Quanto sabe quem narra? Na terceira aula, utilizaremos as ferramentas da Teoria de Espaços Mentais (Fauconnier 1994, 1997; Fauconnier & Turner 2002) para explorar os efeitos narrativos de mudanças de tempo e aspectos verbais na escrita, e como essas mudanças têm repercussões no acesso à informação.

23/04/2021
Aula 4: Diálogos dinâmicos. Na última aula, faremos exercícios de construção de diálogos críveis e potentes a partir de ferramentas obtidas a partir da Análise da Conversa e dos Estudos dos Gestos.

Bibliografia:

ÁNGEL-OSORNO, J. (2016). Descrição de narrativas em espanhol de Aldana (Colômbia): o comportamento do PONTO DE VISTA segundo a Teoria de Espaços Mentais.
ASSIS, M.d. (1984). Capítulo CVI. Em: Quincas Borba. São Paulo: Penguin & Companhia das Letras.
ATWOOD, M. (2009). Alias Grace. Londres: Virago Press
BAVELAS, J. B., COATES, L. & JOHNSON, T. (2000). Listeners as co-narrators. In Journal of Personality and
Social Psychology, 79 (6) , (pp.941-952). The American Psychological Association.
CHAFE, W. (1994). Doscourse, Consciousness and Time. Chicago & London: The University of Chicago Press.
CLARK, H. (1996). Using language. Nova Iorque: Cambridge University Press.
CUTRER, M. (1994). Time and Tense in Narrative and in Everyday Language. Tese (Douturado em Ciências Cognitivas e Linguística) - Universidade de California, San Diego.
DIXON, P. & BORTOLUSSI, M. (1996). Literary communication: Effects on reader-narrator cooperation. In Poetics, 23 (pp. 405-430).
DOIZ-BIENZOBAS, A. (1995) The Preterit and the Imperfect in Spanish: Past Situations vs. Past Viewpoint. Tese (Doutorado em Linguística)- Universidade de California, San Diego.
FAUCONNIER, G. (1994). Mental Spaces: aspects of meaning construction in language. Cambridge: Cambridge University Press.
FAUCONNIER, G. & TURNER, M. (2002). The way we think: Conceptual blending and the mind’s hidden complexities. Nova Iorque: Basic Books.
FAUCONNIER, G. (1997). Mappings on Thought and Language. Cambridge: Cambridge University Press.
FILLMORE, C. J. (2003). Double-decker Definitions: the Role of Frames in Meaning Explanations. Em, Sign Language Vol. 3 No. 3, pp.263-295. Academic Research Library.
FIORÍN, J. L. (2005). Capítulo 3: Do tempo. Em: As astúcias da enunciação. São Paulo: Editora Ática.
GARFINKEL, H. (1967). Studies in ethnomethodology. Englewood Cliffs: Prentice Hall.
GENETTE, G. (1980). Narrative Discourse: An essay in method. Nova Iorque: Cornell Univeristy Press.
GOODWIN, C. (2018). Co-operative accumulation as a pervasive feature of the organization of action. In Co-
Operative Action (pp. 23–45). Cambridge: Cambridge University Press.
KOCKELMAN, P. (2016). Semiotic agency. In N. J. Enfield & P. Kockelman (Eds.), Distributed Agency (pp. 25–38). Oxford: Oxford University Press.
MCCLEARY, L. & VIOTTI, E. (2014). Espaços integrados e corpos partidos: vozes e perspectivas narrativas em línguas sinalizadas. Em: SCRIPTA V.18, N.34, pp. 121-139. Belo Horizonte: PUC Minas.
McCLEARY, L. E., & VIOTTI, E. de C. (2017). Fundamentos para uma semiótica de corpos em ação. In J. L. Fiorin (Ed.), Novos caminhos da linguística (pp. 171–193). São Paulo: Editora Contexto.
OAKLEY, T. (2009) From attention to meaning: explorations in semiotics, linguistics, and rhetoric. New York, Oxford, Brussels: Peter Lang.
OCAMPO, S. (2019). Voz ao telefone. Em: A fúria e outros contos. São Paulo: Companhia das Letras.
POYATOS, F. (2002). Language-paralanguage-kinesics: the basic triple structure of human communication. In Nonverbal communication across disciplines, v.2 , (pp.103-132). Amsterdam/Philadelphia: John Benjamins Publishing Company.
SCHEGLOFF, E.A., JEFFERSON, G. & SACKS, H. (1977). The Preference for Self-Correction in the Organization of Repair in Conversation. Language 53, 2: 361–382.
TENUTA, A. (2006). Estrutura narrativa e espaços mentais. Belo Horizonte: UFMG.
TENUTA, A. & LEPESQUEUR, M. (2014). The Mental Spaces Model and an analysis of non-canonical past verbal values. Em: Selected papers from the 4th UK Cognitive Linguistics Conference, pp. 284-304.
THOMAS, F. N. & TURNER, M. (2011). Clear and simple as the truth, Writing classic prose. Princeton and Oxford: Princeton University Press.