Programa

AULA 1: Resgate a intelectualidades silenciadas;
Considerar outras epistemologias que não europeizadas/ocidentais faz-se importante para a construção e consolidação de intelectualidades plurais dentro e fora da academia. Para isso, iniciamos o curso apresentando conceitos questionadores da “totalidade” a partir de um locus de enunciação do Sul Global.
LEITURAS DA AULA:
ADICHE, Chimamanda Ngozi. A historiadora obstinada. In: No seu pescoço. Trad. Julia Romeu. São Paulo:
Companhia das letras, 2017, p. 212-233.
GONZALEZ, Lélia. Por um Feminismo Afrolatinoamericano. In: Primavera para as rosas negras. Editora Filhos da África, 2018, p. 307-320.
GONZALEZ, Lélia. A categoria Político-Cultural da Amefricanidade. In: Primavera para as rosas negras. Editora Filhos da África, 2018, p. 321-334.
MIGNOLO, Walter. Os estudos subalternos são pós modernos ou pós coloniais? In: Histórias locais, projetos
globais: colonialidade, saberes subalternos e pensamento liminar. Belo Horizonte: Ed. da UFMG, 2003. p. 239-260.

AULA 2: Crítica ao sujeito produtor da representação;
O que é representação? É possível um representante falar e dar voz a todos? Ao representar, o que se ausenta? A partir dessas perguntas, discutiremos o conceito de representações, quem as constrói, quais imagens circulam entre nós e suas implicações nos estudos atuais.
LEITURAS DA AULA:
SPIVAK, Gayatri Chakravorty. Pode o subalterno falar? Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010, p. 23-60.
MIGNOLO, Walter. “Os estudos subalternos são pós modernos ou pós coloniais?”. Histórias locais / Projetos
Globais: colonialidade, saberes subalternos e pensamento liminar. 1 ed. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2020, p. 261-285.

AULA 3: Categorias em embate.
Nas últimas décadas os movimentos negros e feministas tem colocado em debate na militância e na academia a necessidade de se operar com marcadores como sexo/gênero e raça para aprofundar análises que só se pautavam pela opressão de classes sociais. O conceito de colonialidade trouxe novas considerações para essas categorias, entendidas então como derivadas do processo político, econômico e cultural da colonização, retomando também a necessidade de se considerar epistemologias produzidas em regiões que foram/são colonizadas.
LEITURAS DA AULA:
LUGONES, Maria. Colonialidade e gênero. HOLLANDA, Heloisa Buarque (org.). Pensamento feminista hoje:
perspectivas decoloniais. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2020, p. 52-83.
OYĚWÙMÍ, Oyèrónké. Conceituando o gênero: os fundamentos eurocêntricos dos conceitos feministas e o desafio das epistemologias africanas. Concepts, Methodologies and Paradigms. CODESRIA Gender Series. Volume 1, Dakar, CODESRIA, 2004, p. 1-8.

BIBLIOGRAFIA:
ADICHE, Chimamanda Ngozi. A historiadora obstinada. In: No seu pescoço. Trad. Julia Romeu. São Paulo:
Companhia das letras, 2017, p. 2012-233.
ANZALDÚA, Gloria. “La conciencia de la mestiza a conciencia de la mestiza a conciencia de la mestiza / Rumo a uma nova consciência”. Revista Estudos Feministas, vol.13 no.3 Florianópolis Sept./Dec. 2005. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-026X20050…. Acesso em 03 fev. 2021.
BERNARDINO-COSTA, Joaze; MALDONADO-TORRES, Nelson; GROSFOGUEL, Ramón. Decolonialidade e
pensamento afrodiapórico. São Paulo: Autêntica, 2019.
BERNARDINO-COSTA, Joaze; GROSFOGUEL, Ramón. Decolonialidade e perspectiva negra. Revista Sociedade e Estado - Volume 31 Número 1 Janeiro/Abril 2016.
CARNEIRO, Sueli. Gênero, Raça e Ascensão Social. Revista Estudos Feministas. Florianópolis, v. 3, n. 2, p. 544, jan. 1995. Disponível em: <https://periodicos.ufsc.br/index.php/ref/article/view/16472/15042&gt;. Acesso em: 03 fev. 2021.
FANON, Franz. Pele Negra, máscaras brancas. Salvador: EDUFBA, 2008.
FIGUEIREDO, Angela. Epistemologia insubmissa feminista negra decolonial. Revista Tempo e Argumento, [S.l.], v. 12, n. 29, p.01-24, maio/2020. Disponível em: https://www.revistas.udesc.br/index.php/tempo/article/view/217518031229…. Acesso em: 03 fev. 2021.
GONZALEZ, Lélia. Primavera para as rosas negras: Lélia Gonzalez em primeira pessoa. Diáspora Africana: Ed. Filhos da África, 2018.
HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Trad. Tomaz Tadeu da Silva; Guaciara Lopes Louro.
12ª ed. Rio de Janeiro: Ed. Lamaprina, 2019.
KRENAK, Ailton. Ideias para adiar o fim do mundo. 2. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2020.
LUGONES, Maria. Colonialidade e gênero. In: HOLLANDA, Heloisa Buarque (org.). Pensamento feminista hoje: perspectivas decoloniais. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2020, p. 52-83.
___________. “Rumo a um feminismo descolonial”. Revista Estudos Feministas, 22(3): 320, setembro-
dezembro/2014. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/ref/article/view/36755/28577. Acesso em 03 fev. 2021.
MIGNOLO, Walter. Histórias locais / Projetos Globais: colonialidade, saberes subalternos e pensamento liminar. 1 ed. rev. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2020, p. 261-285.
RIBEIRO, Djamila. O que é lugar de fala. Belo Horizonte: Justificando/Letramento, 2017.
OYĚWÙMÍ, Oyèrónké. Conceituando o gênero: os fundamentos eurocêntricos dos conceitos feministas e o desafio das epistemologias africanas. Concepts, Methodologies and Paradigms. CODESRIA Gender Series. Vol. 1, Dakar, 2004, p. 1-8. Tradução Juliana Araújo Lopes.
QUIJANO, Aníbal. "Colonialidade do Poder e Classificação Social". In: SANTOS, Boaventura de Sousa e MENESES, Maria Paula (orgs.). Epistemologias do Sul. Coimbra: Almedina, p. 73-117.
SPIVAK, Gayatri Chakravorty. Pode o subalterno falar? Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010