Programa

– Aula 1 (26/05/2021) – Os primeiros marcos na literatura infantil coreana (1980-2000)
Na virada das décadas de 1980 e 1990, muitos artistas coreanos, da palavra e da imagem, trabalharam no nicho do setor editorial focado na produção de obras para jovens leitores, com grande força e presença no Infantil. Entre produções mais tradicionais, como os livros didáticos e as releituras de histórias já clássicas, surgiram obras mais experimentais e que deixaram marcas da forma de arte híbrida que se estabeleceu como geu-rim-chaek (livro ilustrado) coreano. Ao final dessa aula, faremos a leitura do primeiro livro ilustrado da Coreia do Sul: A história do Monte Baekdu (1988), de Ryu Jae-su.

– Aula 2 (27/05/2021) – Expansão e exportação (2000-2010)
Nos primeiros anos do século XXI, os autores (escritores e ilustradores) coreanos ganharam destaque inédito nas feiras internacionais de livros infantis. Quando nomes como Shin Dong-jun e Suzy Lee tiveram seus trabalhos reconhecidos por outros autores e editores estrangeiros, isso resultou nas primeiras compras de direitos de publicação de obras infantis coreanas para países tanto do oriente (China, Taiwan, Japão) quanto do ocidente (Itália, França, Estados Unidos). Diversos nomes despontaram nesse processo, criando um olhar diferenciado para a produção coreanas de literatura infantil. Ao fim dessa aula, leremos o livro-imagem Onda (2008), de Suzy Lee, que vendeu mais de 100 mil cópias no seu ano de lançamento ao redor do mundo.

– Aula 3 (28/05/2021) – Prêmios e reconhecimentos internacionais (2010-2020)
Após ganharem espaço nos mercados editorais internacionais, tornando-se referência estética para diversos artistas e editoras, os autores coreanos de literatura infantil chegaram à segunda década do século XXI com seus nomes constantemente indicados às principais premiações do setor, como o Hans Christian Andersen Awards, o BolognaRagazzi Award, o International Award for Illustration Bologna Children’s Book Fair e o Astrid Lindgren Memorial Award (ALMA). Esses reconhecimentos fortaleceram tanto os artistas quanto o mercado editorial sul-coreano, que expandiu seu número de novos selos e criou associações locais, mesmo premiações (caso do Nami Concours), que prezam e fortalecem toda a cadeia produtiva envolvida na criação dos livros ilustrados. No fim da aula, faremos uma leitura da obra Balas mágicas (2017), de Baek Heena.

Referências
KIM, Jae-hyun; LEE, Hyun-jean. Picture books as Interactive Art. Journal of Basic Design & Art, Seoul, v. 19, n. 3, p.
69-83, jun. 2016.
KIM, Kwan-sik. The Origin of Korean Children’s Literature and the Necessity of Children’s Literature History. The Korean Journal of Children's Literature Studies, Seoul, n. 34, p. 5-28, jun. 2018.
KONG, Jeong-ja; SHIM, Won-sik. An Analysis of the Development of Picture Book Reviews in Korea. Journal of Korean Library and Information Science Society, Gongju, v. 45, n. 4, p. 165-184, dec. 2012.
KOREA. Publication Industry Promotion Agency of Korea. 2019 출판산업 실태조사. Seoul, 2020. Disponível em: <https://portal.kocca.kr/portal/bbs/view/B0000204/1942751.do?categorys=4…;. Acesso em: 30 jan. 2021.
LEE, Suzy. A trilogia da margem: O livro-imagem segundo Suzy Lee. Trad. Cid Knipel. São Paulo: Cosac Naify, 2012.
MIN, Kyeong-rok. An Analysis of Korean Picture Books Focused on the Current Status of Children’s Book Export. Journal of Korean Library and Information Science Society, Gongju, v. 52, n. 1, p. 35-63, jan. 2018.
SUNG, Yoo-kyung. Emerging Trends in Korean‐Diaspora and Translated Korean Picture Books. The Reading Teacher, Newark, v. 73, n. 4, p. 399-404, dec. 2019.
ZUR, Dafna. Figuring Korean Futures: Children’s Literature in Modern Korea. Redwood City: Stanford University Press, 2017.