Programa

13/08. Aula 1: 
Introdução
Com José Geraldo Vinci de Moraes.

A cidade de São Paulo viveu no início do século XX um período de rápidas e significativas mudanças. Nesta dinâmica em que um novo cenário cultural aparecia, seu panorama sonoro e musical revelou-se de múltiplas maneiras e alternativas variadas. Ocorre que de modo geral, a historiografia sempre enfrentou dificuldades e obstáculos para escutar e compreender as dinâmicas em que sons e sonoridades estiveram presentes no passado. Com relação à cidade de São Paulo esta condição foi amplificada, uma vez que se projetou para ela certo apagamento de suas memórias sonoras. Deste modo, esta aula pretende apresentar de maneira introdutória tanto questões teóricas relativas aos debates da “escuta do passado”, como aspectos gerais relacionados ao panorama musical e sonoro paulistano do início do século XX.
Textos de apoio:
SEVCENKO, Nicolau. Orfeu extático na metrópole. SP: Cia das Letras, 1998.
MORAES, José Geraldo Vinci de. Metrópole em sinfonia. SP; Estação Liberdade, 2000
PORTA, Paula (org) História da cidade de São Paulo. 3 vols. SP. Ed. Paz e Terra, 2002.


16/08. Aula 2:
Kaleidosfone: a cidade de São Paulo entre ritmos, ruídos, harmonias e dissonâncias 
Com Nelson Aprobato Filho

Dentre as inúmeras dimensões históricas de São Paulo, a sonora oferece potencialidades de interpretação singulares. Do final do século XIX às primeiras décadas do XX a cidade passou por grandes transformações socioculturais, político-econômicas, científico-tecnológicas e ecológico-ambientais que provocaram impactos profundos e inéditos na paisagem sonora urbana. Essa nova sonoridade foi sendo composta por inúmeras e sobrepostas camadas difusas de sons. Nessa aula procuraremos “escutar” e compreender como essas camadas foram construídas, quais os sons coloniais e modernos que as compunham, de que forma elas estavam incorporadas ao cotidiano e como eram percebidas pelos moradores e visitantes da cidade.
Textos de apoio:
APROBATO FILHO, Nelson. Kaleidosfone –As novas camadas sonoras da cidade de São Paulo, fins do século XIX / início do XX. São Paulo: EDUSP; FAPESP, 2008.
BRUNO, Ernani Silva. História e tradições da cidade de São Paulo. 3.ª ed., São Paulo: Hucitec, 1984, (3 v.).
MORAES, José Geraldo Vinci de. As sonoridades paulistanas: a música popular na cidade de São Paulo. Final do século XIX e início do século XX. Rio de Janeiro: Funarte, 1995.


18/08 Aula 3: 
Vai graxa ou samba? Os engraxates paulistanos e a música nas ruas 
Com André Augusto de Oliveira Santos.

A aula trata da relação dos engraxates ambulantes com a música produzida nas ruas da cidade de São Paulo durante a primeira metade do século XX. Sujeitos ecléticos que se relacionavam com os mais diferentes estratos sociais, os lustradores de sapatos ocupavam as ruas paulistanas desde meados do século XIX e criaram, ao longo do tempo, uma forte imbricação com a cultura musical da cidade, inclusive com inserção no rádio. As rodas de samba organizadas informalmente por estes trabalhadores nas esquinas, praças e largos, ajudavam a compor a paisagem sonora paulistana. A prática contribuiu também na formação de uma geração de sambistas e na consolidação do samba em São Paulo.
Textos de apoio:
MOLLIER, Jean-Yves. O Camelô: figura emblemática da comunicação. Trad. Fátima Murad. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2009.
DARNTON, Robert. Poesia e polícia: redes de comunicação na Paris do século XVIII. Trad. Rubens Figueiredo. São Paulo: Companhia das Letras, 2014.
FREHSE, Fraya. Ô da rua! O transeunte e o advento da modernidade em São Paulo. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2011.
BRITTO, Iêda Marques. Samba na cidade de São Paulo (1900 - 1930): um exercício de resistência cultural. São Paulo: FFLCH/USP, 1986. 


20/08 Aula 4: 
Bandas civis e militares em São Paulo. 
Com José Roberto dos Santos.

Bandas de música civis e militares tiveram vida ativa no cenário urbano e musical paulistano entre o final do século XIX e início do século XX. Elas eram presenças permanentes em eventos públicos e privados, festas populares, comemorações cívicas e religiosas, nos esportes, lazer e assim por diante. No entanto, o conhecimento e a compreensão dos variados papéis que desempenharam na cidade é ainda é um tanto vago e desconhecido pela historiografia de modo geral e a musical de maneira específica. Porém, entender sua posição na vida cultural e social da cidade é fundamental tanto para compreender os mecanismos de formação e sobrevivência dos músicos populares, como para o melhor entendimento dos processos de circulação e divulgação dos gêneros musicais antes da proliferação dos meios de comunicação eletrônicos.
Textos de apoio:
DELLA MONICA, Laura. História da Banda de Música da Polícia Militar do Estado de São Paulo. 2. ed. São Paulo: Edanee, 1975. 
SANTOS, José Roberto dos. História e música em São Paulo no início do século XX: A trajetória da Banda da Força Pública. 2019. Dissertação (Mestrado). Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo.
BINDER, Fernando Pereira. Bandas Militares no Brasil: difusão e organização entre 1808 e 1889 volumes I a III. 2006. Dissertação (Mestrado) – Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista, São Paulo.
SILVA, Juliana Soares da Costa. Práticas musicais, comunidade, localidade e velhice: um estudo etnográfico sobre a Corporação musical operária da Lapa. 2018. Dissertação (Mestrado) – Instituto de Artes, Universidade Estadual de Campinas, Campinas. 


23/08 Aula 5: 
Bailes e salões de dança em São Paulo: novas sociabilidades, sensibilidades e música
Com Giovana Moraes Suzin

Na virada do século XX começaram a despontar na cidade inúmeros salões de danças com sentido diverso daqueles existentes no século XIX. Neles apareceram novas estratégias para educação dos corpos, da escuta e prática musical, como também as tensões relacionadas aos novos costumes e normas sociais. As histórias desses clubes e bailes, quem os organizava, a quem eram destinados, quais seus personagens e músicas tocadas e dançadas, ainda são um tanto obscuras. O objetivo é justamente discutir o panorama que possibilitou a emergência destes locais em São Paulo e como esses eventos contribuíram para a formação de novas sensibilidades na sociedade paulistana.
Textos de apoio:
ROCHA, Francisco. Figurações do Ritmo: da Sala de Cinema ao Salão de Baile. São Paulo: Editora Universidade de São Paulo, 2012.
PENTEADO, Jacob. Belenzinho: 1910 (Retrato de uma época). São Paulo: Editora Martins, 1962.
MACHADO, Cacá. O enigma do homem célebre: ambição e vocação de Ernesto Nazareth. São Paulo: Instituto Moreira Salles, 2007.

25/08 Aula 6: 
Violão paulistano: repertório e práticas no início do século XX.
Com Flavia Prando. 

A atividade violonística da cidade de São Paulo, nas primeiras décadas do século XX, estava dispersa no rádio, indústria fonográfica, cinema, circo, cafés cantantes e cafés concertos e nos conjuntos de choro que atuavam nas serestas e serenatas. Alguns núcleos se formaram ao redor de violonistas e professores, mas estes músicos, cuja atuação representou a formação de escolas informais, acabaram, em sua maioria, tendo suas obras relegadas ao esquecimento. Nesta aula, abordaremos a sonoridade produzida por estes violonistas e evidenciaremos as técnicas, repertórios e práticas em torno do instrumento.
Textos de apoio:
CÁNOVAS, Marilia Dalva Klaumann. Imigrantes espanhóis na pauliceia: trabalho e sociabilidade urbana, 1890-1922. Tese (Doutorado em História Social) − Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007.
LAGO, Manuel Aranha Corrêa do. O boi no telhado. Darius Milhaud e a música brasileira no modernismo francês. São Paulo: Instituto Moreira Salles, 2012.
PARAGUASSÚ. Org. Neide Lopes Ciarlariello. Baú da Saudade. São Paulo: Matarazzo, 2016.
PICHERZKY, Andrea Paula. Armando Neves: choro no violão paulista. Dissertação (Mestrado em Musicologia) − São Paulo, Instituto de Artes, Universidade Estadual Paulista, São Paulo, 2004.
REILY, Suzel Ana. Hybridity and Segregation in the guitar cultures of Brazil. Em: Guitar cultures. Oxford: Oxford International Publishers Ltd, 2001, p. 157-178.


27/08 Aula 7: 
Do palco ao público: teatro musicado na cidade de São Paulo.
Com Virgínia Bessa e Denise Fonseca.

Entre o último quartel do século XIX e as primeiras décadas do XX, a cidade de São Paulo atraiu inúmeras companhias de teatro musicado vindas da Europa, do Rio de Janeiro e de outros países da América. Óperas, zarzuelas, operetas, revistas e outros gêneros teatrais cantados se tornaram um veículo importantíssimo para a difusão musical na cidade, inserindo-a num mercado de bens culturais que ia adquirindo um caráter cada vez mais globalizado, ao mesmo tempo em que estimulava a produção musical local. Traçaremos um panorama desse universo, escutaremos alguns exemplos musicais e analisaremos as ruidosas reações do público, a fim de compreender a centralidade desse tipo de espetáculo na vida urbana da época.
Textos de apoio:
BESSA, Virgínia de Almeida. A cena musical paulistana: teatro musicado e canção popular na cidade de São Paulo. Tese (Doutorado em História Social). São Paulo, FFLCH-USP, 2012.
FONSECA, Denise Sella. Uma colcha de retalhos. A música em cena na cidade de São Paulo. São Paulo: Sesc, 2017.
VENEZIANO, Neyde. De pernas pro ar. O teatro de revista em São Paulo. São Paulo: Imprensa Oficial, 2006.


30/08 Aula 8: 
O comércio fonográfico em São Paulo no começo do século XX.
Com Juliana Pérez González.

A historiografia tem compreendido comumente o Rio de Janeiro como epicentro da fonografia brasileira. Fontes históricas exploradas recentemente revelam, contudo, que a cidade de São Paulo esteve inserida também no mercado da música gravada desde muito cedo. Fonógrafos circularam pela capital paulista com relativa facilidade já no final do século XIX. Nos primeiros anos do século seguinte, o efervescente comércio paulistano viu nas novas tecnologias sonoras um produto que chegava para ficar. Como estudaremos nesta aula, a inserção da cidade em redes transnacionais e locais de compra e venda de produtos fonográficos modificou paulatinamente a escuta de seus habitantes e ajudou na cosmopolitização da capital cafeeira.
Textos de apoio:
GONÇALVES, Camila Koshiba. Música em 78 rotações: discos a todos os preços na São Paulo dos anos 30. São Paulo: Alameda, 2013.
PÉREZ GONZÁLEZ, Juliana. “El espectáculo público de las “maquinas parlantes”. Fonografía en São Paulo, 1878-1902”. Ensayos. Historia y teoría del arte. Bogotá, v. 22, n. 35 (jul. - dic.) 2018, p. 109-132.
BARBUY, Heloísa. A cidade-exposição: comércio e cosmopolitismo em São Paulo, 1860-1914. São Paulo: Edusp, 2006.

01/09 Aula 9: 
Cultura radiofônica e produção musical em São Paulo nos anos 1930 e 1940
Com Giuliana Souza de Lima. 

Na primeira metade do século XX, o rádio se consolidou, no Brasil e no mundo, como um poderoso veículo de informação, entretenimento e publicidade. Na cidade de São Paulo se testemunhou uma expansão significativa da radiodifusão em vários aspectos interdependentes: o crescimento do número de emissoras, a ampliação do comércio e consumo de equipamentos eletrônicos, a transição de um cenário amador para a exploração de um modelo comercial, a consolidação de um star system local e a transformação nos padrões musicais e da escuta privada e doméstica. Esta aula abordará as relações entre o desenvolvimento de uma cultura radiofônica e a produção e circulação musical na cidade de São Paulo nos anos 1930 e 1940, período em que as emissoras se tornaram verdadeiras empresas do espetáculo urbano, privilegiando a música popular em sua programação.
Textos de apoio:
DUARTE, Geni Rosa. Múltiplas vozes no ar: o rádio em São Paulo nos anos 30 e 40. 257 f. Tese (Doutorado em História) – Pontifícia Universidade Católica, São Paulo, 2000.
MÉADEL, Cécile. Histoire de la radio des années trente: du sans-filiste à l’auditeur. Paris: Anthropos; Institut National de l’Audiovisuel, 1994.
SMULYAN, Susan. Selling radio: the commercialization of American broadcasting (1920-1934). Washington; London: Smithsonian Institution Press, 1994.
TOTA, Antonio Pedro. Rádio e modernidade em São Paulo (1924-1954). In: PORTA, Paula (org). História da cidade de São Paulo: a cidade na primeira metade do século XX. V.3. São Paulo: Paz e Terra, 2004.

BIBLIOGRAFIA GERAL

APROBATO FILHO, Nelson. Kaleidosfone –As novas camadas sonoras da cidade de São Paulo, fins do século XIX / início do XX. São Paulo: EDUSP; FAPESP, 2008.
BARBUY, Heloísa. A cidade-exposição: comércio e cosmopolitismo em São Paulo, 1860-1914. São Paulo: Edusp, 2006.
BESSA, Virgínia de Almeida. A cena musical paulistana: teatro musicado e canção popular na cidade de São Paulo. Tese (Doutorado em História Social). São Paulo, FFLCH-USP, 2012.
BINDER, Fernando Pereira. Bandas Militares no Brasil: difusão e organização entre 1808 e 1889 volumes I a III. 2006. Dissertação (Mestrado) – Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista, São Paulo.
BRITTO, Iêda Marques. Samba na cidade de São Paulo (1900 - 1930): um exercício de resistência cultural. São Paulo: FFLCH/USP, 1986. 
BRUNO, Ernani Silva. História e tradições da cidade de São Paulo. 3.ª ed., São Paulo: Hucitec, 1984, (3 v.).
CÁNOVAS, Marilia Dalva Klaumann. Imigrantes espanhóis na pauliceia: trabalho e sociabilidade urbana, 1890-1922. Tese (Doutorado em História Social) − Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007.
DARNTON, Robert. Poesia e polícia: redes de comunicação na Paris do século XVIII. Trad. Rubens Figueiredo. São Paulo: Companhia das Letras, 2014.
DELLA MONICA, Laura. História da Banda de Música da Polícia Militar do Estado de São Paulo. 2. ed. São Paulo: Edanee, 1975. 
DUARTE, Geni Rosa. Múltiplas vozes no ar: o rádio em São Paulo nos anos 30 e 40. 257 f. Tese (Doutorado em História) – Pontifícia Universidade Católica, São Paulo, 2000.
FONSECA, Denise Sella. Uma colcha de retalhos. A música em cena na cidade de São Paulo. São Paulo: Sesc, 2017.
FRANCESCHI, Humberto. Registro sonoro por meios mecânicos no Brasil. Rio de Janeiro: Studio HMF, 1984.
FREHSE, Fraya. Ô da rua! O transeunte e o advento da modernidade em São Paulo. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2011.
GONÇALVES, Camila Koshiba. Música em 78 rotações: discos a todos os preços na São Paulo dos anos 30. São Paulo: Alameda, 2013.
IAZZETTA, Fernando. Música e mediação tecnológica. São Paulo: Perspectiva; Fapesp, 2009.
LAGO, Manuel Aranha Corrêa do. O boi no telhado. Darius Milhaud e a música brasileira no modernismo francês. São Paulo: Instituto Moreira Salles, 2012.
MACHADO, Cacá. O enigma do homem célebre: ambição e vocação de Ernesto Nazareth. São Paulo: Instituto Moreira Salles, 2007.
MÉADEL, Cécile. Histoire de la radio des années trente: du sans-filiste à l’auditeur. Paris: Anthropos; Institut National de l’Audiovisuel, 1994.
MOLLIER, Jean-Yves. O Camelô: figura emblemática da comunicação. Trad. Fátima Murad. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2009.
MORAES, José Geraldo Vinci de. As sonoridades paulistanas: a música popular na cidade de São Paulo. Final do século XIX e início do século XX. Rio de Janeiro: Funarte, 1995.
MORAES, José Geraldo Vinci de. Cidade e cultura urbana na Primeira República. São Paulo: Atual editora, 1994. 
MORAES, José Geraldo Vinci de. Metrópole em sinfonia. SP; Estação Liberdade, 2000
PARAGUASSÚ. Org. Neide Lopes Ciarlariello. Baú da Saudade. São Paulo: Matarazzo, 2016.
PENTEADO, Jacob. Belenzinho: 1910 (Retrato de uma época). São Paulo: Editora Martins, 1962.
PÉREZ GONZÁLEZ, Juliana. “El espectáculo público de las “maquinas parlantes”. Fonografía en São Paulo, 1878-1902”. Ensayos. Historia y teoría del arte. Bogotá, v. 22, n. 35 (jul. - dic.) 2018, p. 109-132.
PICHERZKY, Andrea Paula. Armando Neves: choro no violão paulista. Dissertação (Mestrado em Musicologia) − São Paulo, Instituto de Artes, Universidade Estadual Paulista, São Paulo, 2004.
PORTA, Paula (org) História da cidade de São Paulo. 3 vols. SP. Ed. Paz e Terra, 2002.
REILY, Suzel Ana. “Hybridity and Segregation in the guitar cultures of Brazil”. Em: Guitar cultures. Oxford: Oxford International Publishers Ltd, 2001, p. 157-178.
ROCHA, Francisco. Figurações do Ritmo: da Sala de Cinema ao Salão de Baile. São Paulo: Editora Universidade de São Paulo, 2012.
SANTOS, José Roberto dos. História e música em São Paulo no início do século XX: A trajetória da Banda da Força Pública. 2019. Dissertação (Mestrado). Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo.
SEVCENKO, Nicolau. Orfeu extático na metrópole: São Paulo, sociedade e cultura nos frementes anos 20. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.
SILVA, Juliana Soares da Costa. Práticas musicais, comunidade, localidade e velhice: um estudo etnográfico sobre a Corporação musical operária da Lapa. 2018. Dissertação (Mestrado) – Instituto de Artes, Universidade Estadual de Campinas, Campinas. 
SMULYAN, Susan. Selling radio: the commercialization of American broadcasting (1920-1934). Washington: London: Smithsonian Institution Press, 1994.
TOTA, Antonio Pedro. Rádio e modernidade em São Paulo (1924-1954). In: PORTA, Paula (org). História da cidade de São Paulo: a cidade na primeira metade do século XX. V.3. São Paulo: Paz e Terra, 2004.
VENEZIANO, Neyde. De pernas pro ar. O teatro de revista em São Paulo. São Paulo: Imprensa Oficial, 2006.