Metamorfoses do popular: Glauber Rocha e Chico Buarque, Telenovela e Cidade de Deus

ATENÇÃO

INFORMAÇÕES SUJEITAS A MODIFICAÇÕES

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Natureza do curso
Difusão
Público Alvo

Interessados em geral.

Objetivo

Esse curso segue uma pista deixada por alguns daqueles que se dedicaram à trajetória da cultura popular brasileira desde pelo menos os anos 1960 até os anos 2000: a tese da metamorfose do popular tanto na sua dimensão cultural - em boa medida graças à consolidação da indústria cultural de matriz estadunidense - quanto nas condições socioeconômicas das classes trabalhadoras após a ditadura empresarial-militar (1964-1985), a redemocratização lenta e gradual nos anos 1980, a repactuação da dependência do país dentro da ordem econômica global nos anos 1990 e a frustração das expectativas acumuladas em relação a um suposto desenvolvimentismo socialdemocrata à brasileira (autointitulado de governo pós-neoliberal) durante os anos 2000. Assim, tendo esse fio condutor em mente, e de modo a dar maior concretude, bem como a confrontar tal tese, propomos análises dos filmes Barravento (1962) e Deus e o diabo na terra do sol (1964), de Glauber Rocha; da peça Gota d'água (1975), de Chico Buarque e Paulo Pontes; da telenovela Roque Santeiro (1985-1986), de Dias Gomes e Aguinaldo Silva; e, por fim, do romance Cidade de Deus (1997), de Paulo Lins. Faz-se importante notar que a seleção de obras se guiou não apenas pelo possível apelo, popular e/ou comercial, de algumas delas, mas, sobretudo, pela tentativa de representação das características e impasses do que se configurou como povo brasileiro. Apesar de todos os tópicos contarem com certa semiautonomia - já que eles não apenas confirmam ou refutam, mas também extrapolam a tese inicial -, eles servem de espaço para a discussão da pertinência da hipótese de que a longa agonia do nacional e do popular assinala uma mutação, ainda em curso, no papel e na configuração do estado-nação brasileiro, subdesenvolvido e dependente, dentro do quadro mais geral de crise da reprodução ampliada e acumulação do capital. Isto é, o exame do popular brasileiro sugere simultaneamente uma pressão de reversão neocolonial, um aprofundamento da dependência e um recrudescimento da luta de classes que colocam em xeque os fundamentos históricos do capitalismo no Brasil tal como eles haviam se constituído até então. Por fim, a justificativa de uma discussão mais pormenorizada sobre o popular encontra respaldo na relevância que essa noção ganhou nas disputas econômicas e políticas contemporâneas com o desenvolvimento das telecomunicações, a evolução da reprodutibilidade digital da cultura e o fenecimento da expansão do capitalismo nacional via assalariamento e consumo de massa; variáveis que afetaram diretamente a própria ideia de uma cultura nacional-popular.

Programa
Carga horária
12.00h
Vagas

Máximo: 120.

Mínimo: 05.

Certificado/Critério de Aprovação
Mínimo de 75% frequência obrigatório. Os certificados serão enviados por e-mail quando os ministrantes disponibilizarem a lista de aprovados no sistema.
Coordenação
Profa. Dra. Maria Elisa Burgos Pereira da Silva Cevasco, da FFLCH
Ministrante(s)

Lindberg Souza Campos Filho

Promoção
Comissão de Cultura e Extensão Universitária da FFLCH.
Período de Realização
12/04/2021 a 30/04/2021.
Local
Curso à distância. Após a inscrição, as instruções serão enviadas por e-mail aos alunos matriculados pelo ministrante.
Detalhes
Segunda-feira 18:00 às 19:30
Quarta-feira 18:00 às 19:30
Sexta-feira 18:00 às 19:30

 

Valor

Gratuito.

Período de Inscrição
02/04/2021 (09:00) a 03/04/2021 (23:59).
Detalhes

► Inscrição On-line pelo  Sistema Apolo.

► As matrículas serão realizadas por meio de sorteio.

► Os alunos receberão automaticamente pelo sistema o resultado do sorteio.

► Os sorteados estarão diretamente matriculados, não sendo preciso entrar em contato para confirmação. É só aguardar o contato dos ministrantes por e-mail.

► As inscrições para o sorteio acontecerão diretamente no Sistema Apolo, e o sorteio será realizado no dia seguinte às inscrições, dia 04/04/2021.

Desistência: 

O aluno desistente deverá escrever à Secretaria (agenda@usp.br)

Atenção:

  • A INSCRIÇÃO é realizada pela parte "pública" do Sistema Apolo. NÃO É PRECISO LOGAR.
  • Qualquer pessoa pode fazer a matrícula, aluno da USP ou não.
  • O curso aparecerá no Sistema Apolo somente na data de inscrição indicada para cada curso.​​​​​​​
  • Não é por ordem de chegada. 
  • As vagas são limitadas.
  • O Sistema Apolo é gerenciado pela Reitoria. Não temos como dar suporte técnico a eventuais problemas de acesso ao sistema. O suporte é: apolo@usp.br
  • Para este evento NÃO HAVERÁ listas de espera ou matrículas posteriores. 
  • Recomendamos que o aluno não faça matrícula sem a certeza de que irá cursar as aulas.
  • Não tire a oportunidade de outro interessado! 
  • Todos os aprovados (75% de frequência mínima) terão certificados.
  • Recomendamos a inscrição em computadores. Alguns dispositivos de celulares ou navegadores de internet não conseguem completar a inscrição no Sistema Apolo.