O valor da crítica: Deleuze, Guattari e a psicanálise

O curso tem como objetivo central discutir de forma minuciosa a crítica que Gilles Deleuze e Félix Guattari desenvolvem a Jacques Lacan em O anti-Édipo (1972). O que é questionado pela dupla é a forma como o complexo de Édipo sob molde lacaniano acredita socializar por completo os nossos corpos. É bom lembrar que Lacan defende tal complexo a partir de dois ordenadores conceituais (o Nome-do-Pai e o Falo). Após apresentar essas noções, iremos desdobrar a maneira pela qual Deleuze e Guattari sugerem que a socialização dos corpos não depende apenas do enclausuramento familiar do complexo de Édipo. Eles indicarão isso sobretudo por meio do recurso a uma expressão-limite: corpo sem órgãos, que aglutina muito mais as intensidades que um corpo experimenta do que um determinado lugar dentro de uma estrutura como a do complexo de Édipo.