Programa

Aula 1. A construção da categoria de selvagem no período moderno
- A História Natural da Humanidade: os “estágios civilizacionais”
- Os debates iluministas sobre o “homem americano”: Lineu e Buffon
- William Robertson e a escrita de uma história filosófica

Aula 2. Do Império de Portugal ao Império do Brasil
- Inventariando o Império português: Domingos Vandelli e a redação de uma história filosófica
- O “homem americano” na Viagem Filosófica de Alexandre Rodrigues Ferreira (1783-1792)
- Um olhar inglês: o selvagem em The History of Brazil (1810-1819), de Robert Southey
- O projeto de nação de José Bonifácio de Andrada e Silva: “civilizar” os povos indígenas (1812-1823)

Aula 3. Românticos ilustrados
- O projeto político da primeira geração romântica portuguesa e dos românticos brasileiros do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB)
- Concebendo o lugar do “índio” na História do Brasil: Von Martius e Varnhagen
- Etnografia e literatura: o indianismo de Gonçalves Dias e José de Alencar

Bibliografia

AGNOLIN, Adone. Jesuítas e selvagens: a negociação da fé no encontro catequético-ritual americano-tupi (séculos XVI-XVII). São Paulo: Humanitas Editorial, 2007.
ANDRADA E SILVA, José Bonifácio de. “Apontamentos para a civilização dos índios bravos do Império do Brasil”. In: Jorge Caldeira (org.). José Bonifácio de Andrada e Silva. São Paulo. Ed. 34, 2002.
BERLIN, Isaiah. As raízes do Romantismo. São Paulo: Três Estrelas, 2015.
CÂNDIDO, Antônio. Formação da literatura brasileira: momentos decisivos. Belo Horizonte: Itatiaia, 1981.
CAÑIZARES-ESGUERRA, Jorge. Como escrever a história do Novo Mundo. São Paulo: EDUSP, 2011.
DIAS, Maria Odila Leite da Silva. O fardo do homem branco: Southey, historiador do Brasil. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1974.
FERREIRA, Alberto. Perspectiva do Romantismo português (1833-65). Lisboa: Moraes Editores, 1979.
FERREIRA, Alexandre Rodrigues. Viagem Filosófica pelas capitanias do Grão Pará, Rio Negro, Mato Grosso e Cuiabá (1783-1792). S/l: Conselho Federal de Cultura, 1971-1974. 3 volumes.
FERREIRA, Breno Ferraz Leal. “A compreensão dos povos indígenas da América portuguesa por Alexandre Rodrigues Ferreira durante a Viagem Filosófica (1783-1792): A apropriação de uma tradução francesa de The History of America (1777), de William Robertson”. Revista de Indias, 2020, vol. LXXX, núm. 280, p.719-750.
FRANÇA, José-Augusto. História do Romantismo em Portugal. Lisboa: Livros Horizonte, 6 volumes, 1974.
GARRETT, Almeida. “Bosquejo da História da Poesia e Língua Portuguesa” – 1826. In: GARRETT, Almeida. Obras de Almeida Garrett (vol.1). Porto: Lello & Irmãos Editores, 1963.
GARRETT, Almeida. “Portugal na Balança da Europa” - 1827. In: GARRETT, Almeida. Obras de Almeida Garrett (vol.1). Porto: Lello & Irmãos Editores, 1963.
GUIMARÃES, Manoel Luiz Salgado. “Nação e Civilização nos Trópicos: o Instituto Histórico Geográfico Brasileiro e o projeto de uma história nacional”. Estudos históricos, Rio de Janeiro, n.1, 1988, p.5-27.
HARTOG, François. Antigos, modernos e selvagens. Rio de Janeiro: FGV Editora, 2005.
HERCULANO, Alexandre. “Cartas sobre a História de Portugal” - 1842. In. HERCULANO, Alexandre. Opúsculos (Tomo V) – Controvérsias e Estudos Históricos. Portugal: Livraria Bertrand, s/d.
RAMINELLI, Ronald. Viagens ultramarinas: monarcas, vassalos e governo a distância. São Paulo: Alameda, 2008.
RICUPERO, Bernardo. O Romantismo e a Ideia de Nação no Brasil (1830-1870). São Paulo: Martins Fontes, 2004.
SARAIVA, António José. Herculano e o Liberalismo em Portugal. Lisboa: Livraria Bertrand, 1977.
SCHWARCZ, Lilia Moritz. As Barbas do Imperador. São Paulo: Companhia das Letras, 1999.
SERRÃO, Joel. Do Sebastianismo ao Socialismo em Portugal. Lisboa: Livros Horizonte, 1973.
SILVA, Ana Rosa Cloclet da. Inventando a Nação – Intelectuais Ilustrados e Estadistas Luso-Brasileiros na Crise do Antigo Regime Português (1750-1822). São Paulo: Hucitec, 2006.
SOUTHEY, Robert. Historia do Brazil. Rio de Janeiro: Livraria Garnier, 1862.
STAROBINSKI, Jean. Jean-Jacques Rousseau: A transparência e o obstáculo. São Paulo: Companhia das Letras, 1991.
VARELLA, Flávia Florentino. “Robert Southey, William Robertson e a teoria dos quatro estágios na construção da macronarrativa dos autóctones americanos”. Rev. Hist. (São Paulo), n.175, p.349-384, jul.dez 2016.
VOLOBUEF, Karin. Frestas e Arestas – A prosa de ficção do Romantismo na Alemanha e no Brasil. São Paulo: Editora da UNESP, 1999.